BAILE ALVORADA

MISTA/EUCATEX (60x80)cm
2004
ao Gabriel Ferreira, pintando.
Forje, no Sol de meu Sangue,
o Trono do meu clarão.
ARIANO SUASSUNA
Cada passo que dou edifica de vida
minha loucura imensa: elaboro estradas,
os lugares por onde passo, cais desertos
onde me vejo imerso... e sigo sozinho.
( É por isso, talvez, que eu remonte tantas
memórias onde pus a minha vida toda:
p’ra ter todos os dias alguma partida
esquecida, lembranças demoradas... só! )
Não sei se num romper antigo destas novas
saudades fiz de mim as emoções das telas
de que me cubro – fosse eu estes sentidos,
estas vontades que me pintam e me rompem,
elaboraria ausências tão inexplicáveis
quanto a falta de mim que invento ( e me empareda ).
1 Comments:
Valeu meu amigo Silvério pelo poema. Você e Nívia Maria realmente acertam quando se refrem a mim. O que você disser em especial a meu respeito (até mesmo as misérias), com certeza terá 99% de chance de ser verdade.
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